terça-feira, 12 de maio de 2009

NO REINO DO CHAPÉU – parte 1/4;

¬ A doidivana Isabella Blow com o chapéu Devil Paradise Feathers, 1993.

Quando o cinema ainda era mudo, Charles Chaplin usava dois acessórios indefectíveis: bengala e chapéu-coco, uma parceria clássica tanto do subúrbio londrino onde o ator nasceu, em 1889, quanto do resto do continente europeu. Se os tempos modernos confinariam a bengala aos brechós, o chapéu cruza décadas entre altos e baixos, mas sem já mais perder a pose, sobretudo no Reino Unino.
Alvanega, barrete, bibico, boina, boné, capelo, carapuça, cartola, casquete, chulo, coifa, diadema, filá, gorro, quepe, sombrero, ushanka, viseira. As variações são quase intermináveis, mas historiadores acreditam que o chapéu foi o primeiro acessório usado pelo homem primitivo. Inventado para proteger das intempéries e ajudar na manutenção da temperatura (sim, 85% do calor do corpo é dissipado através do crânio), não demorou muito para que se tornasse símbolo de diferentes status sociais e patentes de poder, evoluindo nas formas e matérias-primas, da religião à realeza, com apoteose dos desfiles de moda.
De Simone Mirman e Aage Thaarup (chapeleiros da rainha Elizabeth II) até Stephen Jones e seu pupilo mais notável. Philip Treacy, hoje considerado o melhor do mundo no oficio; das folclóricas produções de Elton John ao quepe de caçador de veados do detetive Sherlock Holmes, passando pela doidivana Isabella Blow, o mundo sabe a importância desse aparato na identidade cultural de Londres. Continua...

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