quarta-feira, 20 de maio de 2009

Falando em arte – Elizabeth Peyton;


¬ John Lydon , 1994.

Mesmo que você nunca tenha ouvido falar em Elizabeth Peyton, é provável que reconheça as pinturas desta postagem. Amicíssima da turma cool da música e da moda de Nova York, ela é nova atração do New Museum, cartão-postal do Noho, atual it bairro de Manhattan. Nascida em Connecticut em 1965, Peyton mudou-se para Manhattan nos anos 80 para estudar artes visuais e logo se enturmou com o povo pop da época – Warhol, David Hockney e claque. Sua primeira exposição, em 1993, ocorreu no quarto 828 do icônico Chelsea Hotel, onde morava Herbert Huncke, nome-chave da Beat Generation. Ao longo dos anos 90, ela expandiu seus horizontes e aproximou-se também dos célebres da música e da moda, assunto principal de seus retratos, feitos em geral q partir de fotos de paparazzi e editorias de moda. Prepare-se, portanto, as obras não são só uma retrospectiva de sua carreira, mas da cena moderna de Nova York. De Sid Vicious e Keith Richards nos anos 80, passando por Kurt Cobain nos 90, até chegar Julian Casablancas, Chloë Sevigny e Marc Jacobs nos 2000. Todos esses nomes povoaram as festas que Peyton freqüenta e sua intimidade – Jacobs é best da artista e foi de braços dados com seu Lorenzo à festa de abertura. Eclética no olhar, a americana focou seus pincéis também na noblesse global, arcaica e atual – esse gosto, imaginem, fez com que fosse acusada de reacionária e monarquista. Telas de Napoleão Bonaparte, Ludwig II da Buvária de Maria Antonieta se misturam às de Jackie O, dos príncipes William e Harry e de Al Gore. “Peyton se interessa pelo fascínio que essas figuras emanam nas massas – não tem nada de elitista nem de reacionário nisso” defende Laura Hoptman, curadora da mostra. Outro argumento contra esse eventual caráter conservador é o fato de suas mostras acontecerem em espaços alternativos, do já citado Chelsea Hotel a galeria hip como a Gavin Brown, que a representa. Estilista ou não, o fato é que Peyton é das artistas mais incensadas da atualidade – um de seus retratos de John Lennon, feito em 1996, foi vendido recentemente por U$$ 800 mil. Com tantos célebres, resta admirar o toque lúdico e ligeiramente voyeur de Elizabeth Peyton.

¬ Michelle e Sasha Obama (2008), Convenção Democrática Nacional.


¬ Marc Jacobs (2004), amigo íntimo de Elizabeth Peyton.


¬ John Lennon , 1996.

¬ Jackie O. arrumando o cabelo de John John (1999).


¬ David Hockney, Powis Terrace Bedroom , 1998.


¬ Kurt Cobain (1995), a partir de foto tirada antes de sua morte, em 1994.


¬ Live to Ride (E.P.) , 2003.


¬ John Simon Beverley Ritchie, (Sid) , 1995.


¬ Jake Chapman , 1995.


¬ Berlin (Tony) , 2000.

¬ Ben Drawing , 2001.


¬ Piotr on couch , 1996.


¬ Craig , 1997.

2 comentários:

Fernanda Noronha disse...

Adorei "ouvir" noticias de Peyton. Particularmente é a figura mais fashion do circuito das artes.

Gabriel Broadhurst disse...

Arte sempre é bom, obrigado pela dica ;)