Photographer: Kayt Jones



Nenhuma neogrife ganhou tanto espaço na mídia recentemente quanto Peter Pilotto, dupla formada pelo meio austríaco, meio italiano Peter Pilotto (à direita) e por Christopher De Vos, filho de pais belgas e peruanos e nascido na Líbia. Esse mix de culturas permitiu à dupla voos mais amplos, e o resultado aparece nu último desfile, considerado um dos mais importantes do verão 2009 na London Fashion Week. Nessa terceira coleção eles mostram como são complementares: enquanto Peter evolui em sua rica estamparia, Christopher sabe tudo de drapeados – o destaque foram os vestidos com estampas abstratas de efeito caleidoscópio, incrustados de canutilhos, lembrando minerais. O efeito final é clássico e ao mesmo tempo moderno e elegante. Antes mesmo da brilhante coleção do verão 2009, eles já haviam chamado a atenção com um vestido curto com estampa de estrelas, best-seller do inverno europeu que apareceu na pele de celebs em dezenas de revistas. Se você gosta de Vivienne Westwood (com quem Christopher trabalhou quatro anos) e Dries Van Noten, vai adorar a Peter Pilotto.
De uma parceria entre a Puma e a Rubell Family Collection nasceu a bolsa Reality nº2 (modelo acima por U$$ 2.400). Mais que uma bolsa, a Reality é uma obra de arte ambulante feita de couro e madeira, que leva a assinatura do artista John Armlender. Foram produzidas apenas 500 unidades, e cada uma delas vem com uma obra exclusiva de brinde (dentro dela, claro, num ótimo efeito-surpresa!). Item de colecionador.

Waverly Inn: 16 Bank Street, tel. 1 (212) 243-7900
Nas 924 cartas que Freud, o criador da psicanálise, escreveu para conquistar Martha Bernays, com quem se casou, ele se mostra o oposto de seus complexos textos científicos. “Era pueril, cheio de clichês, sentimentalóide”,diz ela em uma das cartas que formam um romance sedutor, Madame Freud, de Nicolle Rosen. O homem que descobriu as relações entre nossos conflitos e a sexualidade sequer conhecia métodos anticoncepcionais, tanto que após o sexto filho (desejavam apenas três), optou pela castidade. Para esse homem, diz Martha, “eu representava a jovem ideal, pura, inocente, perfeita...Ao mesmo tempo, nunca tive direito à menor liberdade, ao menor espaço onde ele não fosse o senhor nem a qualquer outra demonstração de afeto. Tornou-se um guardião severo, sisudo em relação às minhas amizades e, sobretudo, de um ciúme doentio”. Intimamente tinha o apelido de Sigi e exigia respeito absoluto, obediência total. Freud castrou-a totalmente, reduzindo-a a dona de casa e mãe, nada mais que isso. Um perfil bem diferente do “homem libertário” por que ficou conhecido emana do livro de Nicolle Rosen. Freud suplicava que Martha fosse mãe para ele amparo contra a solidão, era frágil, inseguro, angustiado. Martha relata a relação entre Freud e Jung, até o rompimento. É um romance epistolar, sedutor e envolvente. Ainda que cruel. Tanto com Freud, quanto com Martha.
A jovem paulistana é um dos maiores sucessos da nova geração e já excursionou pela Europa com Seu Jorge. Mariana não se encaixa em rótulos musicais. Esperta, transita de lá para cá, entre João Donato, Leci Brandão e Rodrigo Amarante. O título de seu primeiro álbum, Kavita 1, lançado no fim de 2006, significa “poeta” em sânscrito. Não é por acaso. Ela sabe valorizar as letras que entoa, com respeito e delicadeza.
¬ Confira Mariana em Deixa o Verão